segunda-feira, março 18, 2013

Procura-se 1,4 kg e nosso blábláblá

Procura-se 1,4 kg e nosso blábláblá
por Rafael Belo
Nunca antes na história deste país...? Não... Melhor começar com: Nunca antes na história mundial tanto um cisco foi Francisco. É claro que a nova vossa Santidade merece todo o respeito e atenção, mas esta abordagem inicial é para focar os extremos. Estamos extremistas e as redes sociais cada vez mais ajudam a acentuar o fato. Não pelos assuntos em si – pelo menos não sempre – e sim pelo esgotamento e esvaziamento destes. E, claro, a doutrina falo o que quero edito-ignoro-bloqueio-excluo o que não me convém. As opiniões são realmente intoleradas então, temos mais um adjetivo a acrescentar, intolerantes. Extremistas intolerantes.

Andamos comendo muita porcaria, quer dizer, acreditando-confiando-aceitando quaisquer bobagens mancas ditas na televisão e, pior,, quaisquer coisas coxas jogadas no ventilador da internet. Aliás, falamos do maxi eufemismo tolerância...? Devemos ser tolerantes "por isso, por aquilo", como se tolerar fosse algum paliativo quântico e aniquilasse os sentimentos reais e pensamentos sinceros nublados da boca para dentro. A bem da sanidade devemos é respeitar o outro não por “tolerância, porque não temos nada a ver com as escolhas deste. Não existe outra alma igual a sua ou, se seu sincretismo é outro, não há alguém que pense exatamente – está escrito e-xa-ta-men-te – igual a você. Nós cedemos de boa vontade pela convivência.

Somente cada um de nós e nossa fé (que pode ser em algo além de nossa compreensão ou no próximo passo vitorioso ou ambos) respondemos por nossos atos. Não somos obrigados a nada (que não seja contra lei), mas insistimos em mostrar nossa pior face na sequência e socar até a irracionalidade ser gritante e o evitável ser inevitável – não preferencialmente nesta ordem – e para quê? Para mostrar ao efêmero mundo, e mais efêmero ainda mundo virtual, o quanto somos poderosos, inteligentes, na moda e esteticamente ideais para procriar? – não, né?! - simplesmente copular, oscular, seguir cegamente o mais popular ou qualquer uma das opções não relacionadas....

Temos um cérebro que pesa em média 1,4 kg e comanda o corpo todo, muitos sentimentos, milhares de subsentimentos e milhões de opiniões e ainda assim conseguimos embutir um não “consigo mais”, “não aguento mais”, “nem quero ouvir” e um milenar “é assim e pronto” ou o popular “ãhã, tá bom”... Mas, então - depois - reclamamos de tudo isso e muito mais, afinal somos seres humanos e blábláblá. É uma "ótima" nos desculparmos pelos nossos erros e os dos nossos próximos ou até daqueles bem distantes, mas dos quais queremos nos sentir quase irmãos ou “declarados” fanáticos seguidores, aliás, minimizá-los com o jargão mais clássico “somos 'simples' humanos”. Se é o caso, é hora de ligarmos o botão da nossa Humanidade ou sair em busca – pelo menos da pergunta – onde está nossa humanidade?!

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