quinta-feira, setembro 12, 2013

Água da pia

Água da pia


Mão na garganta tentando suavizar
outra mão invisível apertando,

as notícias vem e vão faltando,
com o coração, lutando contra o mundo

no fundo é só a cabeça, esquentando com o que não se pode esfriar

não entendemos, esqueça, tudo pode mudar,
lembra daqueles filmes? Só se entretenha, é coisa de cinema, ator e diretor,

ação, cena a cena, dor, ficção, poucos estão assistindo, o controle ninguém inventou,

aliás, há a invenção, mas não passa disso, uma reação, a vida seguida de vidas,

um minuto, cem anos, amanhã já nasceu de novo e a água da pia do banheiro vem com o mesmo sabor: continuar.


ÀS 08h25, Rafael Belo, quarta-feira, 11 de setembro de 2013).

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