quinta-feira, novembro 07, 2013

Infinito pela parede





Infinito pela parede

Gemido baixo doloroso,
com olhar agudo e buscador

procura o que o de repente levou,
corre para alcançar o concreto do seu cheiro

vaga tristezinha, a cadelinha,  sozinha sem jeito,

deita na casinha, onde pouco deitou,
olha o infinito pela parede,
enxerga o que só ela vê

se falasse ao invés de latir,
com certeza diria: porque teve que partir, sem se despedir...

(Rafael Belo, às 14h25, quinta-feira, 06 de novembro de 2013).

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