quinta-feira, abril 09, 2015

frieiras da friagem




Altas temperaturas se abaixam
e deitam expectativas de vidas
ventos fortes arrasam arrastam
param cada coisa significativa

não há partida pelas pulsações que passam
é gelada a manhã sozinha sem saída na falta de espaço

linhas emaranhadas perdem medidas enrolam não traçam
a partida parece primitiva misturada entre sair e partir por pedaços

abraço no vazio do vácuo engarrafado de boas intenções corridas
feridas na despedida delicada dedicada ao despedaço.


(Rafael Belo, às 06h50, quarta-feira, 08 de abril de 2015)

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