de
repente todos doentes tossem
inflamações
ranger dos dentes
vermelhos
olhos dizendo pare
repare
a exaustão separe o cansaço
ampare
o laço da retina vendando as retinas enfeitando pescoços no espaço
não
há cortinas só esforço nem a evasiva privacidade
a
insegurança é a violência do apodrecimento da verdade
o
cotidiano automatizou o humano
corrompeu
seus planos e os disfarçou de disfarçado otimismo
somos
todos ostras do ostracismo na fascinação
sem
reparar nas pérolas em alto escala de reprodução.
(Rafael
Belo, às 07h47, quarta-feira, 20 de maio de 2015).
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