terça-feira, novembro 24, 2015

Soterra a Terra


O fim foi fazendo a parte dele
matou todas as flores da primavera
rompeu a barragem da morte a vida deteve
fez a cama da lama no drástico drama do já era

quimera da espera na cicatriz eterna onde a lembrança esteve

má estrela ou desastre tanta faz é grego na sombra do caverna
amargando o Doce rio desaguando o fim no mar

Vale minar Alegria nos rejeitos da humanidade
identidade adulterada nos defeitos de caráter no ar

contaminada culpa de desculpas elevando a mortandade
expulsa as vítimas em punição severa soterra o levantar.


(às 10h46, Rafael Belo, terça, 24 de novembro de 2015)

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