domingo, julho 24, 2016

Impossivelmente branco (resenha)

Depois de seis tortuosos meses sem escrever neste meu reflexo, posso agradecer por finalmente voltar.


Quando vi aquele livro com capa branca, tons de azul e cinza nos destaques vermelhos nas formas de uma raposa, uma luva e um cachecol sabia que havia algo naquela história impressionante. E foi assim do início ao fim. A menina de neve é cativante e transportador. Nos  leva a um Alasca onde jamais pensamos em viver. Repleto de belezas naturais, nos faz pensar que moramos em um dos lugares mais frios do planeta.

Estamos lá tocando a neve congelando e derretendo. Compartilhamos a dor, a solidão e a alegria de Mabel e Jack depois de Faina. Um lugar novo e totalmente diferente para o casal distante da família e ainda pensando no motivo de não terem filhos. Personagens acolhedores nos fazendo sorrir e pensar na possibilidade dos milagres acontecerem quando nos permitimos enxergar e conhecer o impossível.

No remoto extremo do mundo conhecemos George e Esther e seus filhos. Mas e Garrett que passa mais tempo com nosso fantasma ser mágico lendário: uma menina? O que é real? O que é delírio? O que é mentira? Existe o sobrenatural ou a fé é capaz de tudo? Se deixe levar por todas as sensações despertadas por esta obra capaz de nos fazer mergulhar e respirar debaixo da água, ou melhor, soterrados em neve.

Aproveite que já sonhou com neve, bonecos de neve, brincar de atirar bolas de neve e leia agora. Garanto que seu pensamento sobre o frio jamais será o mesmo. Vá agora que a finalista do prêmio Pulitzer, Eowyn Ivey vai te fazer sentir criança nesta obra de 351 pág e tradução de Paulo Polzonoff Junior com o casal de 50 anos lutando pra sobreviver em um Alasca de 1920 sem nenhuma experiência com o que se propõe a viver.
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Ribeirão Preto,SP. Editora Novo Conceito. 2015. Ficção norte-americana

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