sábado, julho 10, 2010

Quarteto em movimentos para o 'fim'

8 o sol adere, ao meio da tarde, às sementes do fundo do meu quintal. captei neste sábado...

Ao fim

Tudo acabou quando chegou ao fim. fechado. lacrado.vedado. enterrado. Para não mais. súbito, depressa igual a pressa de chegar. o intuito de atrasar a desculpa de acelerar o tempo. até o tempo parar para as lágrimas avermelharem os olhos pesados na feição e envelhecerem antes de caírem pelo caminho do rosto ao gosto de todo descontrole agarrado às mãos vazias ‘desprovida’ de um consolo contínuo na vida (in)contida.

Às 22h27, 09 de julho de 2010 (Rafael Belo)

Sempre indo

Passou a morte. Alguém não morreu... Eternamente? Alguma vontade de prolongar o já foi permanece um éter na mente, suspensa na dualidade da fé quando a dúvida chora e o corpo sepulta e ressuscita a ausência na flora definhando, posicionando o sol na aquarela poente, mesmo em um dia de noite enlutado resoluto por mais uma ida teimosa, solitária até se for, por enquanto quem fica reúne o inconformismo conformado em ser formado para ir.

Às 09h10, 10 de julho de 2010 (Rafael Belo)

Falta de umidade

Escorreu a água no pátio, decreto do fácil terminou montado em palcos do suicídio de tanto trabalho por nada, cara limpa mesmo toda pintada de nariz vermelho, a pressão do joelho a não mais equilibrar, a transição sucessiva a descontinuar, um prolongamento onde o peso se vai para o vento desmatado levar a gente, seco(s).

Às 10h40, 10 de julho de 2010 (Rafael Belo)

Torneira mal fechada

A projeção apagou a lousa, sem marcas hidrográficas no painel de giz, alérgico ao pó, despedaçado em blocos compactos, a espirrar a dor das roupas, desnudas das peles, apagadas dos humanos, abaixo delas, fantasiando um existência de claquetes e ações onde a desistência é a abrangência do raso com uma ausência sórdida da morbidez caótica da repetição. Sem um amanhã dividido em luzes.

Às 13h36, 10 de julho de 2010 (Rafael Belo).

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