terça-feira, abril 22, 2014

Calor das chaves




cadeado aberto, chaves no portão
mas ninguém quis não [invadir o segredo]
usar de brinquedo, a privacidade da ocasião

os limites estavam esticados, feitos filas de supermercados [em promoção]
no limiar do gume, um verdume de dois lados tensos
tensão tatuada arregalada nos olhos fechados
suspensos, pelo passado sem pontuação

veio em perseguição... Corroendo coração costurando almas
nas palmas das mãos levantadas antes de perceber a confusão

verdade silenciosa vem gritando em combustão: esteja onde estiver e vá onde for [não esqueça as chaves no portão]



(às 19h34, Rafael Belo, segunda-feira, 21 de abril de 2014).

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