quinta-feira, abril 17, 2014

Folha em fim

Folha em fim








virou-se em branca página
sem lástima revelando o choro
em coro, escrevia novas linhas a cada instante
nada de vacilar, hesitante... Chorava e revelava o semblante

ali havia todo seu interior e os cantos inclinados do sorriso
o sol e a chuva na distância, envolvida entre um minuto e outro
aquela chuva solitária, parecia a gargalhada [de um tempo limpo, distinto]

trovoadas cintilantes traçando o instinto pelo céu
sentimentos traçados jogados no fundo do amassado papel

depois um pouco de sal, muito doce e uma folha terminada [com o zumbir das abelhas embaladas no mel].

(às 22h35, Rafael Belo, quarta-feira, 16 de abril de 2014).

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