As palavras atravessadas no
cotidiano atravessam diariamente a garganta e ensanguentam os ouvidos
profanando as horas sagradas onde se calar era a melhor opção. Mas, não. Há de
se desembestar o particular sentimento para o coletivo... O rancor é o amargo
da língua queimando este veneno guardado como um prato gelado da pimenta mais
ardida do mundo: Trinidad Scorpion Buch T.
Na falação daquele falso perdão
dado, daquele ocorrido enganadoramente esquecido, as pessoas oferecem punhos,
balas, pedras, lâminas afiadas e o que tiver à mão para bater... Nada de dar a
outra face. O comportamento cristão enraizado em todas as legislações do mundo
ficou restrito por lá, a reduzidos grupos, aos cultos, missas e a bíblia...
Além das aparências e os sussurros quando aparecem as costas.
Rastejam pelo tempo esperando a
oportunidade para revidar e continuar a beber do amargo da vingança, sem
qualquer esperança de um dia aliviar. Ao avesso, se vê um peso cada vez maior
envergar criando corcundas que apertam o peito de um jeito parecido com as reminiscências
da morte forjada a todo instante... Ao invés da alegria, a infelicidade e a dor
em um apego acorrentado a tudo inválido de pena.
O prazer de divulgar a própria dor
mesclada a deduções e especulações mastigando aquele Trinidad Scorpion Buch T.
como Trindent mascado, sem saber que para perder o sabor picante desta pimenta
é preciso diluí-la 1,1 milhão de vezes em açúcar e água... Ainda assim, a
amargura e o rancor serão cuspidos em forma de fogo virulento em seu mundo de
florestas secas e total falta d’água.
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