terça-feira, novembro 11, 2014

para quem não sabe


se o poeta não sorri, não revela rima,
sua sina o prendeu na gaiola e jogou a porta fora,
não há como sair, poeta sem poesia não há de existir

engaiolado talvez partir, já que seus versos não estão mais por aí
e os que foram já não o são mais, se foram sua língua e suas mãos
sua imaginação definha, quem sabe imagina a si mesma livre do corpo, liberta da mente, no absurdo desta gente
não saber que a morte é parente, íntima de todos
e a carne é ínfima... Diante do tamanho da Alma

enquanto os passarinhos passam passinhos para quem não sabe voar.


(Rafael Belo, às 07h31, segunda-feira, 10 de novembro de 2014).

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