terça-feira, março 24, 2015

Liberta fumaça



Segue o fluxo no luxo da locomoção
não há pontos finais nem paradas estamos em desembalada continuação,
reação aos impulsos rápidos agarrando nossos pulsos, drásticos,
em plena encenação.
Desbota o verde, olha, anota, desloca a poda para a sola
e só pisa no som seguinte,

as borboletas são palpites de fumaça
tragando nossos pulmões em massa
às plenas multidões então passa
molha a chuva ácida, isolando-nos, trazendo a eletricidade estática
para a dispersão...

Borboletas de fumaça em suas coletivas asas são os caminhos da libertação.

(Rafael Belo, às 19h33, 23 de março de 2015, segunda-feira).

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