terça-feira, maio 12, 2015

Assopro



veleja no ar o pulsar das velas
tremulantes eras dos navegantes
apaga-se esta chama com a lama da chuva
não há mais velas acesas apenas nós em cera...

enverga-se o corpo rangendo até o chão [curva-se]

enxergar com a mão se perdeu no vento
turva visão enxergando outro movimento

não passa tempo nem volta
reviravolta-se a volta não dada

debate-se a graça e toda gratuidade nos devassa em sopro...

aonde vai a liberdade em sua revoada
se tudo a fazer com nossa passarada é cortar as asas gratas em pleno ar?


(às 14h20, Rafael Belo, segunda-feira, 11 de maio de 2015).

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