quinta-feira, maio 07, 2015

forçada comoção



injustiçados deitam na própria grandeza
tão pequenos dormem no  chão
bêbados de tantas filas de certezas
certeira certa verdadeira ilusão

não se chocam as órbitas
correm na mesma ilógica direção
colisão de inventadas memórias atraídas por outra atração

mãos se espalmam para cima não estendidas
sempre desentendida gravidade puxando tudo para baixo da consignação
crueldade total da característica da pureza
na tão úmida crueza que chove

gotas do oceano da imensidão no grão de areia rude da gentileza
sem pensar especificamente em nada erosão da clareza [se autocomove].

(às 06h44, Rafael Belo, quarta-feira, 06 de maio de 2015).

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