quinta-feira, outubro 29, 2015

espremendo



Mudam muitas murchas nuvens no horizonte
adentram meus olhos ao hesitante defronte
onde sorrisos se espalham perdidos em instantes


trovejando ecos no peito na névoa da vazão
cobrindo o labirinto da razão com corado coração

materializando milagres movidos a manifestação

mareando navegantes caminhando sobre as próprias águas

marejando o lacrimejante olhar viajante
chorando chuva concomitante coexistindo
paralelamente com outros indivisíveis simultâneos
na lágrima caída acordada com a chuva escorrida
das nuvens apertadas em minhas mãos que sonham.


(Às 22h01, Rafael Belo, quarta, 28 de outubro de 2015)

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