quinta-feira, outubro 20, 2016

Absorção dos loucamente sãos



pétala por pétala pecamos em possessão
não nos juntamos para sermos flores
ao invés de sermos primavera somos verão

desbotamos em preto e branco todas as cores  
seguramos sem saber darmos as mãos

sinceramente surramos sonhos em solidão

rumamos rios rasantes até em um instante nos vermos ramalhetes
ao avesso atravessamos o coletivo e cada pétala passa a ser flor
seja onde for o aroma se espalha e une todo grão em um banquete

calha opinião guardada na mente desmoldada sem limites para absorver.


(Às 11h13, Rafael Belo, quinta-feira, 20 de outubro de 2016)

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