terça-feira, maio 16, 2017

domando



os joelhos roçam o chão mas o tempo da humilhação já se foi
cedem em quedas diretas os corpos curvados de tanto peso carregar
no ar dedilha uma música o profundo respirar onde alguém se impôs
suspiram silêncios sussurrados no ambiente o estado impaciente para de gritar

nem oi nem bom dia o olhar desafiador inspira um desprecisar
vacas e bois pastam na avenida ruminando os restos urbanos das capitais
terminais líderes de nada se apoderam da manada para descarregar

choca o choque intermitentemente está ausente quem era para ali está
há cores no verde abaixo da janela onde nenhum cinza vai apagar

flores ao invés de espinhos ajuda a retirar o lixo para a Alma a carne domar.


+Às 08h29, Rafael Belo, terça-feira, 16 de maio de 2017 +

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