quinta-feira, junho 01, 2017

seriedade de brinquedo



inverno toca nuca arrepiando como nunca o dia
sopra  frio formando as nuvens malucas sem ser sutil
mordisca tempo aquele alimento chamado sentimento azia
pura descortesia da fatia vazia do nosso constante movimento servil

curvados aos desdobramentos das pequenas coisas trava o sorrir sem padrão
existir passa para perdida transparência perguntando sobre a essência
qual a aparência de deixar para lá quaisquer incômodos sem solução?

direção equivocada da falta de paz esquecendo os sinais e cai
vai esquecendo a memória nas doses de tédio da ideia ilusória do espelho ideal

surreal tolice do palpite de inventar tanta babaquice para se coçar na inércia real de brincar com a seriedade das tempestades desconstruir a Verdade para gargalhar do brinquedo feito sujeito do faz de conta de se importar com o reflexo de reclamar da inexistência esperando o silêncio nos reinventar.


+ às 08h21, Rafael Belo, quinta-feira, 1º de junho de 2017 +

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