arrepia o metal arranhado na pele fria esburacada
foi só o susto das balas não atiradas dos vermes ainda em gestação
sem saber sobre quem virão qual ser serão ao nascer
a saliva cessa morrem as palavras ao ficarem no passado do tecer
fiam-se fios fabulosos de onde nem linha havia
o tecido da realidade se rasga na maior euforia
bicho-da-seda se renova quando percebe o dia
no chão tudo está misturado até as tecidas asas levarem a língua
lavada à mingua tirando do ar respiro junto com o invísivel deitado neste
pulmão
movimento de pulsação expulsa repulsa a afirmação de sermos espasmos dos
músculos da imaginação.
+ Às 14h37, Rafael Belo, terça-feira,
10 de outubro de 2017 +
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