por Rafael
Belo
Línguas irmãs não se falam preferem o metal ao doce. Diálogos são
baladares das ovelhas. Os rebanhos estão soltos nos posts e ao invés de banhos
de saliva é sangue escorrendo. Estou morrendo pela boca ou estou muito louca
nesta hora do rolê. Será que vou lembrar-me de tudo que eu escrever. Talvez se
eu continuar a rimar algo dê... Chegou a tempestade sem umidade, sem água, sem
chuva, nem nuvens e eu preciso publicar este sentimento só meu.
Já editei tantas vezes, publiquei outras tantas, ocultei inúmeras vezes e
ainda assim hesito - sem êxito - quando quero excluir. Pessoas achando que vou me
matar ou matar alguém, pedindo calma, se reconhecendo, tenho piedade, dando
pena, me xingando e os haters. Não é nada diferente. Já li coisas parecidas e
já postei coisas iguais. Eu sei o que estou fazendo. Não é nada inconsciente. No
meu caso, eu preciso de atenção. Planejo tudo do meu jeito. Passo horas nesta
imersão. Só peço seu sacrifício e de alguém que queira sacrificar. Não importa!
É só dedicar a mim.
Entenda, é minha diversão. Não é por mal. Gosto de ir aos rolês (todos) e
causar, mas é difícil chamar a mesma atenção... Entende? Parece que já vivi
coisas melhores e nada de bom virá. Por que só eu não posso reclamar? Todo mundo
reclama como se fosse um mural da fama twitter e face... Aliás, qual a palavra
mesmo? Ah, lástimas. Mural de lástimas. E daí se sou drástica, dramática,
performática, não estou roubando ninguém. Só quero parar o tempo para pensar...
Não! Péra! Não quero pensar, pois aí sou obrigada a perceber...
Curtidas, comentários, reações... Sou uma deusa e esta é a devoção que me
mantém viva. Curtam, curtam, curtam, reajam, reajam, reajam, comentem,
comentem, comentem, espalhem, espalhem, espalhem... Ainda me chamam Afrodite e
este é o amor para mim hoje. Amo mobiles e a capacidade de distração e imersão
das pessoas nestas tecnologias. Esvaziem suas vidas e preencham a minha. Eu tenho
todo o tempo do mundo, mas só eu o tenho.
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